"Que as luzes se acendam e que a gente possa brilhar*..." Brilhar no espetáculo da vida, e que nossa existência seja regada a muitos sucessos e nunca deixemos de lutar pelo que acreditamos... "Me atiro do alto e que atirem no peito, da luta não me retiro*..."
*Trechos de músicas dos artistas Vander Lee e Fernando Anitelli






sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Só mais um desabafo!






Olha o último mês do ano chegando ai. E com ele parece vir também um sentimento que já vi muitas pessoas descreverem, mas sem ser pessimista nem nada, eu não me familiarizei ainda. Concordo que é um período que inspira reflexões, o repensar, reprogramar, redefinir... Só não entendo porque só agora? Porque não todos os dias? Mas desde que me entendo por gente vejo todo esse clima a essa época (e confesso, algumas luas atrás ter sido contagiado por ele), e as promessas, e toda determinação etc. e tal... E quando todo esse frisson passa, a maioria volta a ser e viver como antes, salvo raras exceções.
            E já pararam pra perceber que nesse período todo mundo passa a se amar? Somos extremamente simpáticos e receptivos com todos que encontramos, embora GERALMENTE tenhamos passado o ano inteiro sem, muitas vezes, sequer notar alguns dos "novos afetos"... E o Natal se vai, em seguida o Ano novo e novamente passamos a nos "desperceber" lenta e gradativamente. E esse ciclo realmente me preocupa!
            Ai você diz: “p@#$*, mas que cara pessimista”... Repito, não sou. Ou melhor, não sou tanto assim. Também tenho esperanças, metas, projetos, que quer queira ou não se avivam principalmente ao final do ano, mas acredito que meus poucos anos de vida me ensinaram que um tapinha nas costas nas noites comemorativas não redimem você dos dias e dias em que, nem se quer um bom dia você deu a seu vizinho ao encontrá-lo pela manhã, ou aquela pessoa que senta ao seu lado no ônibus todo santo dia e você não sabe se quer o nome, ou mesmo aqueles que você simplesmente ignora porque não vai muito com a cara. Esses tapinhas nas costas e sorrisos (muitas vezes forçados) não fazem de você alguém melhor, muito menos nem pior, então melhor evitá-los quando for possível. Por isso, a algum tempo resolvi deixar de querer ser O altruísta e resolvi pisar no chão.
            Não sou pessimista (repito), apenas procuro me poupar de ser cínico também nesse mês, já bastam todos os outros!



Di Alencar

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mais uma Dose!



“Aê! Garçom! Traz aqui pra mim... Mais uma dose, é claro que eu to afim!”

Ei, garçom... Traz mais uma dose de felicidade, com uma gotinha de prazer! Uma dose de amor e uma porção de carinho pra acompanhar. E façamos um brinde! ‘Vamu beber’, como dizem por ai. Vamos nos embriagar de felicidade. Tomar um porre de compreensão, compaixão, comprometimento, amor ao próximo. Vamos todos encher a cara de sorrisos, e porque não de lágrimas quando necessário. Vamos tomar todas... As lutas, as rédeas, as chicotadas, as responsabilidades em nossas mãos! Bebamos vida... E que a vida nos beba também... Vamos nos embriagar todos os dias, com o sol pela manhã, com o barulho da chuva no fim de tarde, com a lua, com as estrelas, com as pessoas que fazem nossos dias melhores (ou no mínimo mais suportáveis)... Tomemos um porre, como nunca, de encantamento pela vida, pelo viver, pelo ser, pelo estar, pelo existir! Vamos nos embriagar, e que a ressaca seja terna...


Di Alencar


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ansiedade




Ansiedade é um ácido! Ansiedade é um ácido! É corrosiva! Destruidora! Corrosão! Destruição! Queima... Desnorteia. Desordena. Corrói! Ansiedade é um ácido! Ansiedade é um ácido! Corrosão! Desatina. Desespera. Inquieta. Desnorteia! Ansiedade é um ácido! Um Ácido!

Di Alencar

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tarde de Chuva




Chove! Onde estou faz frio, mas não incomoda... Nada me incomoda! Sinto-me como uma “bela reticência”. Por falar nisso, em reticência, como é intrigante esse sinal. Pode conter tanta informação e nenhuma ao mesmo tempo. E por estar quando reticências, tenho sido nada que de tudo um pouco tem. Sou o não sentir que é sentimento disfarçado de não ser. Sou brisa forte que não molha e que inunda, transborda, seca e resseca de umidez. Reticências, isso sim! Lá fora chove. Aqui dentro o frio frustrado não me toca. Lá fora chove! Reticência não encerra. Prolonga... Adia e prolonga... Chuva não cai. Escorre do céu, prolonga-se até o chão. Sou quando chuva, chuva reticente. Porque sou tudo e nada. Sem cair completamente, por prolongar-me em meio ao chão como água que corre, que escorre, que vai e que fica. Que se renova. Chuva reticente... Achei legal!


Di Alencar

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Da desgraça de ser imprestável








"Tenho nojo do meu eu. Enjoa-me o simples pensar em mim. O ser-eu é repugnante. Já não me reflexo mais, porque não me suporto. Tenho nojo do meu eu. Minha imprestabilidade me leva a querer cuspir em mim. Enojo todos os meus defeitos... E também minhas qualidades, pois são hipócritas e nojentas. Tentam convencer-me, remeter-me, salvar-me. São inúteis, assim como eu! Tentam esconder-me verdades impossíveis de se esconder. Esfrega-se a verdade em minhas fuças. E ela vocifera continuamente: ‘IMPRESTÁVEL’... Tenho nojo do meu eu. Porque macula a existência meu existir! Toda essa podridão, e imprestabilidade, e hipocrisia, covardia! E a vida sussurra em meus ouvidos: ‘covarde imprestável’. É inútil ser imprestável. Sou de uma inutilidade faraônica. Tenho nojo do meu eu. Minha imprestabilidade leva-me a querer cuspir no meu existir. Leva o mundo a querer cuspir em mim. Tenho nojo do meu eu. Simplesmente tenho nojo. Porque ser imprestável é nojento."


Antero D'Sousa

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ê vida...




É que em um dado momento da vida nos acabamos estabelecendo um pacto de mediocridade, um finge que fala a verdade, o outro finge que acredita. A gente mente, trai, engana, desrespeita... E depois olha no olho, sorri, beija, e diz que se importa. Não que não queiramos ser sinceros, é que por vezes não conseguimos... Vidinha sem vergonha essa que a gente leva. E a gente chora por, e sorri com. Ama e odeia no mesmo minuto. Mente pra não magoar, e magoa por mentir... Vidinha dissimulada essa que a gente leva. E a gente acostuma a viver assim, não deveria, mas acostuma. E perde a vergonha, o orgulho, o amor próprio. E nem se da conta disso... E a vai vivendo assim! Vidinha conformada que a gente leva... Vai perdendo a razão, a compaixão, e encontra a amargura, a angustia, o desamor... Junta tudo numa caixa e esconde lá naquele cantinho que só a gente consegue achar. E finge que nada aconteceu, sofre calado(a) e não admite aprende a sorrir quando quer chorar e segue em frente... Vidinha irônica essa que a gente leva!


Di Alencar

terça-feira, 12 de junho de 2012

Se




“Se meu corpo virasse sol, se minha mente virasse sol, mas só chove e chove...”

E venta tanto por aqui, e tudo que está no varal quando não molha o vento leva. E se a chuva passa e o sol da o ar da graça, o que estava molhado, seca e resseca e o pouco que permaneceu enxuto não resiste e queima... Sobra tão pouca às vezes. Se tudo virasse sol, e se houvesse um filete que fosse de sombra, e se, e se, e se... Tudo que planto ou queima ou resseca, ou fica submerso em um mundaréu de água! Se tudo fosse sol, e se houvesse sombra, e se não chovesse tanto, e se, e se, e se... Se eu tivesse pra onde ir talvez, um lugar alto onde toda a água que chove escorre impedindo de alagar, onde o sol é forte mas o frio alivia o calor, onde o vento é forte mas  é arrefecido pelas árvores. Se tudo fosse sol, e se houvesse sombra, e se não chovesse tanto, e se o vento não fosse tão forte, se houvesse pra onde ir, e se, e se, e se...






Di Alencar

domingo, 10 de junho de 2012

Tin Tin




Um brinde a mais sincera ignorância, ao mais velado desespero, ao insensato desapego, a dor voraz do abandono, e a corrosiva afetação de arrepender-se em desespero. Brindemos todos reunidos a toda nossa hipocrisia, a destemida covardia e ao insensato desamor.

Brindemos nossa falta de bom senso, nossa crueldade, e toda falta de compaixão. Brindemos a violência gratuita do dia-a-dia, nosso aprisionamento involuntário... Um brinde a autodestruição! Vamos brindar à apatia, o preconceito, a acomodação, as noites em claro, a angustia, e brindemos também a ausência de perdão. Brindemos hoje a vida que não vivemos, as escolhas que não escolhemos, brindemos a nossa dor! Brindemos as fracasso e ao sucesso, ao sorriso, ao pranto, ao dia que nunca terminou. Brindemos a rima que não se encaixa, ao talento que nunca existiu, a beleza que nunca tivemos um brinde a tudo que nunca existiu.

            Brindemos hoje a vida seja ela como for. Brindemos todos neste momento, porque simplesmente tanto faz!



Di Alencar

quarta-feira, 14 de março de 2012

De repente vida!



    Lá estava naquele 14 março, numa tarde chuvosa e fria... Imerso na dor e na penumbra... E de repente, abriram-se aqueles olhos cansados e fatigados... Vagaram por segundos... E de repente tudo pareceu diferente... O mundo lhe pareceu absurdamente vivido...  Ainda havia dor, ainda havia angústia, ainda havia medo... Mas naquele 14 de março havia também vida!

Di Alencar

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Memórias de um conflito recente...



     Inda agora minhas palavras anunciaram: "Vamos nos esconder"... Julgam-se tortas e feias, e não merecedoras de ganhar o mundo... Debati fortemente com elas, fomos muito duros um com o outro... Estamos machucados! Eu teimo em não me importar, e agora ja nem sei se devo continuar. Talvez eu esteja sendo egoista e pensando so em mim, na minha vaidade e no meu ego.. E elas? Talvez não queiram sair e ganhar o mundo. Nunca as questionei a esse respeito! Nunca pensei merecerem elas respeito... "Elogios não são o bastante" disseram elas, e essa frase tocou fundo! Nesse momento não sei onde foram, talvez eu não as procure por algum tempo... Memórias de um conflito recente!


 
Di Alencar

Água que corre entre pedras...



     A palavra transcende qualquer inverdade, qualquer racionalidade... Corroi qualquer sentimento improprio, impuro. A palavra transcende a mais dura realidade, a mais cruel irracionalidade... A palavra é água que corre entre pedras!

 
Di Alencar

Das contradições de Ser Humano



    E dia desses alguem disse "não faça com os outros o que você não quer que seja feito com você"... A verdade é que nos somos falhos, inconstantes, imperfeitos. Até as máquinas que se vendem perfeitas erram! Justamente porque o homem as programou... Então o melhor a fazer é compreender, ter paciência... A maioria nega, mas no final das contas, apesar de não ter nascido pra viver só, o ser humano é egoista, egocentrico, individualista (uns mais, outros menos)... E sempre vai decepcionar, ferir, desistir (mesmo que por um segundo)... A minha melhor conduta, talvez seja mal compreendida por você, ai a gente vai se machucando e curando as ferridas e arrumando outras... E vai aprendendo a conviver, e a chorar as magoas pra aliviar... E vai aprendendo a viver entre sorrisos e lágrimas... Porque ser assim, inconstantes, imprevisíveis, é o que nos torna misteriosos, interessantes e atraentes!

 
Di Alencar

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

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    Hora dessa estava eu por ai perambulando por entre tantos pensamentos... Tentando não me envolver... Só observando, vendo como se comportam quando não estou por perto... E por algum tempo consegui caminhar sem ser notado! No entanto em algum momento fui percebido e imediatamente alvejado por alguns pensamentos franco atiradores... Atiraram-me as flechas da dúvida e do questionamento! E conseguiram me atingir gravemente a ponto de me deixar completamente paralizado! E de repente meu cerebro foi inundado por uma torrente de questionamentos e nesse momento faço a vocês algumas perguntas que a maioria de nós nunca parou pra pensar a respeito: O que te move? O que te faz feliz? O que é tão apaixonante a ponto de te transportar para outra realidade? De tirar seu folego? O que você quer da vida?
    Não me atreveria a dizer que esses questionamentos sobre a vida atingiriam tão gravemente a todos... Alguns simplesmente já nascem aparelhados com as respostas a essa perguntas, outros tantos simplesmente a encontraram em uma rua onde passavam, ou em um beco escuro onde estiveram... Muitos outros escalaram montanhas para consegui-las... E existem ainda os que simplesmente não almejam encontra-las, só não faz diferença te-las a mão ou não. Percebi que não as tenho! Faço parte daqueles que buscam tais respostas! E confesso que estou ainda paralizado por conta dessas perguntas...
    Estou simplesmente sem movimento, pois atrelado a essas interrogações, consigo perceber inumeras outras coisas que a muito tempo não parava pra pensar... Como por exemplo, no que fazer caso meus planos não deem certo... Como vou agir se meus sonhos não se realizarem? É possível substituir sonnhos? Existem sonhos a serem substituidos? Muitas vezes consumimos muito tempo de nossas vidas construindo sonhos e traçando metas... O que fazer para alcança-las? E mais ainda, o que fazer caso não as alcance? O que tem nos motivado a seguir na luta, caminhante? Estamos realmente seguindo pela estrada correta? É realmente relevante sabermos se a estrada leva a algum lugar? Se nos mesmos contruimos nossos caminhos...
    Todas essas questões parecem definir toda uma vida. Cada uma delas parece ser um pequeno pedaço, que juntos formam a história de uma vida! E entre uma reflexão e outra me atrevi a pensar o seguinte: são as perguntas ou as respostas das mesmas que trasformam-se nas peças capazes de formar nossa história... Perguntas ou respostas? Qual delas é capaz de guiar uma vida inteira... Seria uma delas capaz disso! São perguntas demais e respostas de menos... Talvez esse seja o motivo de tanta angustia e inquietação... Ou talvez não! Paralizado... Por esse motivo (que parece tão tolo e simples) me sinto impotente, paralizado, e inerte...
    Tantas são as perguntas e agora nesse exato momento em que tento dar vida a essas poucas e tortas palavras, me dou conta que talvez nenhuma resposta me faça sentido... Talvez esse não seja o momento de procurar por respostas... Talvez seja esse o momento de olhar pro horizonte e seguir... Somente seguir... E quem sabe eu esbarre em uma resposta ou outra pelo caminho!


Di Alencar

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Palavras ao Vento...




"Escrevo palavras ao vento que no momento me fazem sentido..."

    Do alto desses vinte e dois (quase vinte e três) anos de vida, venho até vós fazer alguns anúncios avulsos e completamente descoordenados. O primeiro deles faz referência a relação comumente estabelecida entre você sua idade e sua experiência/maturidade. Talvez esteja eu sendo demasiado pretencioso ao mencionar a palavra experiência, pois é notório que um ser humano nessa idade não a possui, ou pelo menos é o que se noticia mundo afora! Inumeras vezes fui alvo de sorrisos debochados ou mesmo completamente ignorado em minhas retóricas... De certo, assumo, meu dominio da palavra falada (ou mesmo escrita) não se mostra suficientemente abastado, no entanto acredito que tenha eu 5 ou 50 anos, mereço respeito... O mais experientes dos homens, já foi um dia um garotinho que nem sequer era capaz de trocar a propria roupa! Tenhamos um pouco mais de respeito ao próximo!
    Gostaria também meus caros, de fazer alguns apontamentos (breves) a respeito do valor que tem sido dado a classe dos professores nesse país... Receoso de ter sido o único a perceber o seguinte fato, compartilho: para que seja possível realizar a formação acadêmica de qualquer que seja o profissional, é necessário que haja professores que os ajudem a construir o conhecimento necessário... Sem mencionar todo o processo de formação vivenciado por este futuro profissional, desde os tempos de criança... Quando o B-A BA era a sua realidade! Sem uma educação básica de qualidade não é possível formar profissionais de qualidade. Para tal é necessário investir, em escolas melhor equipadas, condições de trabalho para o professor, para o aluno e para todos os atores envolvidos nesse processo tão importante.
    Neste terceiro momento, atrevo-me a sofrer uma perda compulsória de leitores ao anunciar o tema política... Meus amigos o que está acontecendo nesse país? Seria eu o único a perceber (novamente)? Até quando vamos ser coniventes com essa camarilha que tem se instalado país afora? É vergonhoso! No entanto, não é em nossos ilustres representante que pretendo direcionar o foco desta discussão. Tenho ouvido dia após dia, na TV, no radio, nas ruas, nos corredores, nas salas das casas, nas filas dos bancos e em inumeros outros lugares, vários cidadãos brasileiros a reclamar desenfreadamente da situação politica do país e principalmente dos "políticos"... Ladrões, safados, vagabundos, canalhas, corruptos, dentre outros adjetivos dados a eles. Novamente me atrevo a desafiar a sorte e perder os poucos remanescentes nessa leitura... Pergunto-lhes: o que vocês andam fazendo de suas vidas? Vocês tem procurado seus direitos? Tem sido idôneo no seu dia a dia? Aquele trocado a mais que por engano você recebeu de troco, foi devolvido? Você se julga um cidadão com uma reputação Ilibada? Com toda sinceridade, eu não sou tão melhor que qualquer outro... Uma dica, cuidado com a língua amigos!
    E pra finalizar, quero falar a respeito de toda essa situação criada pela mídia em torno da greve na segurança pública... Nesse momento peço apenas meus caros, que tomem cuidado e analisem com certo cuidado as informações... Nossa midia informativa a muito deixou de ser 100% confiável (se é que já foi um dia). Muita informação controversa é plantada, notícias tendenciosas... Entendo que vá parecer discurso batido, mas o lema é massificar, e a TV não poupa esforços nessa empreitada. Peço mais uma vez, tomemos cuidado e analisemos bastante antes de tomarmos partido nesse tipo de discussão.
    Vou ficando por aqui meus caros... E aos que bravamente resistiram até aqui, agradeço! Até a próxima!




Di Alencar

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Vale a pena?



    A vida seria realmente tudo isso que meus olhos enxergam ou é apenas um olhar apaixonado de um pobre louco a caminhar por ai?  É realmente tão fascinante o existir? Vale mesmo a pena tudo isso? Quanto vale essa vida? Quanto valem todas as dores? E os pesares? Quanto vale uma lágrima? Quanto vale um sorriso? Uma prece? Um olhar? Um amor? Quanto vale as horas de espera? Os dias de sol? As gotas de chuva? Quanto vale um pensamento? Qual o valor dos dias? Quanto custa um mês? Ou um ano? E vários anos? Quanto custa uma escolha? uma atitude? Quanto vale um ideal? Quanto vale essa vida? Vale mesmo a pena tudo isso?
Não tenho respostas... Quanto valem? Talvez eu não possa pagar...



Di Alencar

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Aquelas Reflexões



    Estava aqui com meus botões pensando sobre essas relações que atravessam nossas existências... As amizades, os amores, os desamores, os desafetos... E tudo completamente confuso, contraditório, inexplicavel e simplesmente necessário... Pensava ainda a pouco nessas relações virais... Que amores são esses que destroem, aprisionam? Amar seria isso mesmo?  Incondicionalidade hoje em dia é artigo raro! As pessoas corroem suas relações deliberadamente.. Não existe espaço para o que o outro pensa, eu dou as cartas e se não for nos meus termos, não será! Me ajuda que eu te deixo na mão! Me ame e eu perseguirei você enquanto eu viver, e se você não puder ser meu/minha, não será de mais ninguém... E assim surgem os crimes pacionais, e toda essa patacoada que eu tenho repudiado mais e mais a cada dia!
    Ame, mas que esse amor não se torne obcessão e menos ainda pocessão... Seus amigos não são propriedade sua, e nem seus amores... Claro que quando amamos queremos estar por perto, e cuidar, dar e receber atenção, no entanto eu acredito piamente no fato de que se você ama alguém deve libertar-lo(a) ou seu amor correrá o risco de corromper-se e tornar-se uma doença. E quando o amor é corrompido ele adoece, e quando adoece perde sua essência e deixa de ser amor! Não é necessário compreende-lo para senti-lo, mas é necessário mante-lo sadio...
   Como mencionei anteriormente, todas essas relações são necessárias. Nos, seres humanos necessitamos interagir com o outro, caso contrario enlouquecemos... No entanto, perceba que a condição para o estado de loucura humana, nesse contexto, é a ausência de relações e não sua presença... Portanto, o enlouquecimento de alguns mesmo cercado de pessoas que o amam, em parte se deve a essa fabrica de insegurança  e instabilidade emocional que tem se tornado a sociedade moderna. Uma sociedade adoecida é incapaz de formar integrantes sadios!
Então meus queridos e queridas, "façamos, vamos amar..." E só! Nada além disso é necessário!
 

    "Façamos, vamos amar..." E só! Nada além disso é necessário!



Di Alencar

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

"Oi sumano oi, oi sumano oi..."




    Égua, tu é doido é... Morar no Pará é muito pai d'égua! Só quem mora ou já esteve aqui vai saber do que eu to falando! Terra de gente trabalhadora, lutadora, que dá valor a sua terra! Quero ver um paraense que num bate no peito e brada: eu moro no Pará, sem nem se importar com preconceito (que é muito grande por sinal). Para alguns pobres desinformados que não conhecem nosso estado, nós vivemos entre jacarés e macacos, moramos em ócas e vivemos de tanga! Nada contra a cultura indigena, que aliás é encantadora e nós temos muito dela em nossos costumes, mas paraense não é sinonimo de indígena.
    E por falar em costume, os costumes dos paraenses são demais gostosos... Quem ai já tomou aquele açai e depois se esparramou numa rede? Ah vocês não sabem o que estão perdendo... E curtir aquele igarapé no final de semana... Isso sem falar na música, dança, culinária... E o vocabulário... Ah o vocabulário, isso sumano é inconfundível. Aqui a gente num quebra, escangalha! Paraense se abicora, fica jururu... No pará não tem doido, ou tu é lezo ou tu te faz. Aqui tem agirú, urucum, uxi, xibé, jurumum, taperebá, cupuaçu, jambo, castanha-do-pará... tem brinquedo de miriti, tem pato no tucupi, tacacá, manissoba... Dirocha mesmo, aqui no Pará o bagulho é doido... É selado a aparelhagem no final de semana, aquele xibé com camarão... Fazer a tremidinha na beira do igarapé... E quando chega um leso e diz borimbóra que tá tarde, todo mundo mundo diz: ulha mano, este aqui já quer ir embora, égua não sai daê doido, e o nego fica turido e a galera diz e eu choro...
    E é assim que é o povo paraense, divertido, engraçado, mas também é um povo sério e lutador que merce respeito e atenção... Nosso estado, que é tão belo e cheio de riquezas tem sido por vezes negligenciado. Vamos dar um pouco mais de atenção a nossa gente, nossos camaradas ribeirinhos que, em sua maioria, vivem sem qualquer assistência do estado, do governo federal então so ouvem falar em tempo de eleição.   E que todos nós paraenses, nascidos ou adotados por essa terra continuemos lutando e defendendo nossa terrinha! Agora eu vô pegar o beco que eu já tô na broca! Pira paz não quero mais!



P.S.: Nascido no Ceará e nordestino convicto e orgulhoso, me sinto ainda mais feliz ao me perceber tão paraense!

Di Alencar

domingo, 1 de janeiro de 2012

Aquelas Reflexões





    Foi dada a Largada! O ano de 2011 se foi... Agora começa a caminhada nesse novo ano. E confesso que ele se inicia um tanto quanto normal pra esse que vos fala. Não fui atingido pelo espírito natalino, menos ainda por aquele sentimento tão peculiar nesse período de final de ano, onde todos parecem um pouco mais radiantes, iluminados, renovados. Continuo como estava num domingo qualquer do mês de outubro ou novembro... Dia comum! Não me percebam depressivo, ou irritado, não estou! Apenas não captei aquela empolgação conhecida pela maioria.
    Embora me sinta assim, como em um dia comum (que o é na verdade), inicio esse ano com minhas esperanças e perspectivas bastante afiadas, continuo acreditando nas metas que tracei, nos objetivos que defini, e acredito que aí esteja a diferença... Nada mudou significativamente a ponto de necessitar renovação! Continuo querendo alcançar minha realização profissional. Quem aí não tem o mesmo desejo? Tenho ainda o desejo de ver a nossa situação um pouco menos desesperadora, no que diz respeito aos caminhos que vem sendo traçados na sociedade que vivemos... Essas coisas que fazem parte dos planos da maioria de nós.
    Eu quero sorrir quando me der vontade, chorar quando a lágrima vier... Quero ser feliz e entristecer também quando a situação determinar. Quero viver momentos inesquecíveis, contar piada besta que de tão ruim arranca gargalhada. Quero ver o sorriso dos que me rodeiam... E transformar suas lágrimas em diamantes, ou apenas ajudar a enxugá-las. Desejo estar perto de quem me quer por perto! Não se sinta obrigado a estar perto de ninguém, você fará mal a ele(a) e mais ainda a você.
    Sejamos o que quisermos ser, sem esquecer de respeitar nosso próximo, se quer ser árvore seja árvore, se quer ser nuvem seja nuvem, quer ser tapete seja tapete, quer ser apenas uma pessoa comum seja uma pessoa comum. Não se prive ou se censure por medo da opinião alheia, vai lá e abraça tua felicidade... Não deixe os pequenos momentos escaparem entre seus dedos, pois eles constróem a maior parte da sua felicidade e de suas boas lembranças.
    Faça o melhor que você puder fazer, mesmo que não goste do que faz. Porém nunca deixe de buscar o que realmente te realiza! Faça planos mas não enjesse-os! Busque sonhos, arrisque-se, caia, levante, machuque-se, cure-se, caminhe, descance, dance, brinque, divirta-se... Seja feliz! E pra ser feliz, repito, deve-se deixar entristecer quando necessário... Pois como dar valor a felicidade sem ter conhecido a tristeza?
    Que este 01/01/2012 tenha sido pra você como foi pra mim. Independente de ter parecido um dia como qualquer outro ou não, que tenha sido um dia de certezas... Certeza de que não terá adiantado pular ondas, comer lentilhas, fazer pedidos e preces, se não colocarmos a mão na massa e agirmos!
Que Deus abençoe este novo ano, e que todos nós possamos agir para realizar...



Di Alencar