"Que as luzes se acendam e que a gente possa brilhar*..." Brilhar no espetáculo da vida, e que nossa existência seja regada a muitos sucessos e nunca deixemos de lutar pelo que acreditamos... "Me atiro do alto e que atirem no peito, da luta não me retiro*..."
*Trechos de músicas dos artistas Vander Lee e Fernando Anitelli






segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Música


A música é poesia, é canção, é versação, é tudo que existe representado em melodia... É sinônimo e subversão de idéias. Subverte-se diante de qualquer tipo de conformismo imposto, composto, transposto ou sobreposto. A música é meu telescópio gráfico! Através dela consigo ver as mais remotas galáxias deste tão vasto universo de palavras... Música expande os horizontes!
Música é microscópio também, microscópio de idéias... Permite-nos ver pr’além das palavras. Música arrebata! Música fermata! Música encanta! Música transborda, transcende, transfigura. Música significa um significado pra cada um! Música é poesia, é arte, é vida... Música é teatro, às vezes mágico às vezes não. Música me horizontaliza, me verticaliza, me internaliza! A música me define e me completa... Não faço música nem a domino, mas garanto que música é preciso!
E me diga: já parou pra ouvir a música urbana? E a música da natureza? Ouça a música das coisas, dos lugares, das pessoas! Desprenda-se dos conceitos que te dizem o que é isso ou aquilo... Aqueles que querem entender tudo. Já disse Manoel de Barros “entender é parede: sejamos árvores!”... Viva a música das coisas, dos lugares, das pessoas. Sinta música, viva música, seja música! Entende-la? Sim! Mas nem sempre, não o tempo inteiro... Às vezes é necessário apenas senti-la, vive-la! Seja árvore, parede é monótona. Ouça a música da vida pois “a altura do (seu) som é quase azul”!
Di Alencar

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quando eu crescer...

Cheia(o) de si, você vai dizer:
- Isso é coisa de criança...
Mas quem não é, tem muito a aprender
É aí que você dança
É um medo bom, é um bem-querer
Que vem do jardim da infância
Digo ainda mais: - Quando eu crescer
O que eu quero é ser criança! (Jorge Vercilo)


Quando eu crescer o que eu quero é ser criança, porque não existe coisa melhor que reunir os amigos pra brincar a tarde inteira sem preocupação. Quando eu crescer o que eu quero é ser criança, pra eu poder falar sozinho sem me importar se alguém está olhando. Quando eu crescer o que eu quero é ser criança e passar a tarde toda jogando pedra em poça d’água enquanto a chuva cai mansinha. Quando eu crescer o que eu quero é ser criança e lamber os dedos sem culpa depois de se lambuzar todo com chocolate... E quem ai ainda lambe a tampa do iogurte?
            Cresça, mas não deixe de ser criança, de brincar, de se divertir e de falar bobagem. Respeite as “criancices” das crianças, elas são necessárias e normais... Como diz Vercillo quem não é criança tem muito a aprender. Crianças gritam, correm, fazem bagunça. É necessário sim estabelecer limites, mas é importante também se permitir gritar, correr e fazer bagunça com e como elas. Quando eu crescer o que eu quero é ser criança pra eu poder esquecer de tudo e sentar na frente da TV pra ver desenho animado!
            De fato é necessário amadurecer, porém não é sadio adultecer! Algumas pessoas adultecem ao invés de amadurecer... Adultecer é diferente de amadurecer! Quem amadurece apesar de todas as responsabilidades sente sempre saudade da infância e nunca abre mão dela, faz questão de ser criança de vez em quando... Quem adultece endurece, e acaba inclusive esquecendo que um dia já foi criança... Em alguns casos se torna completamente intolerante com elas.
Quando eu crescer o que eu quero e ser criança, porque ser criança é ser feliz, é estar sempre sorrindo (e mesmo quando chora logo volta a sorrir), é fazer sorrir, é ser simplesmente criança. Sejamos pirralhos (no melhor sentido da palavra)! Sejamos criança! Brinque! Não leve a vida tão a sério! Tenha seriedade, mas não seja rígido... Repito não leve a vida tão a sério! Reserve seus dias de criança durante a semana e viva-os! Aprenda a ser criança... Amadureça! Não adulteça!

(Viajando nos versos de Vercillo)
Di Alencar