"Que as luzes se acendam e que a gente possa brilhar*..." Brilhar no espetáculo da vida, e que nossa existência seja regada a muitos sucessos e nunca deixemos de lutar pelo que acreditamos... "Me atiro do alto e que atirem no peito, da luta não me retiro*..."
*Trechos de músicas dos artistas Vander Lee e Fernando Anitelli






sábado, 1 de janeiro de 2011

Numa tarde de chuva...


            
             A chuva cai lá fora, preguiçosa e a formiga passeia despreocupada no parapeito da janela. O mundo finalmente se calou, reserva-se agora somente ao doce silêncio da chuva. Minutos atrás o não silêncio das coisas nem me deixava ouvir meus pensamentos. Hoje é feriado e me parece que a energia elétrica também resolveu descansar, parar um pouco de circular por ai. Ela tem todo o direito não acha?
            Agora eu to aqui sentado em frente à janela vendo as árvores sorrindo com a chuva. Acho até que ouço pássaros! Ah, e a formiga? Já foi... Não a vejo mais. Hoje estou completamente embriagado de paixão pela vida e pelo mundo. Agorinha mesmo o travesseiro abriu e derramou toda a espuma no chão, garanto que se isso acontece ontem ainda estaria xingando o travesseiro (se é que faria sentido xingar o travesseiro), hoje não apenas pus o caderno na cama juntei a espuma e voltei a escrever. Troquei o travesseiro por via das dúvidas.
O dia não me pareceu simpático desde que começou, desde o primeiro minuto inclusive. Deveria estar em casa com a galera toda reunida no primeiro minuto do ano, mas me parece que o passei no banco de um carro entre uma engasgada e outra do motor, e... Alias que legal! Fiquei muito feliz com a noticia apesar da forma como descobri.
(Me parece que a formiga foi mesmo embora!)
Voltando... Cheguei em casa todos lá, feliz ano novo pra lá, feliz ano novo pra cá... Fogos de artifício... Opa, vamo estourar os balões! Perfeito né?!? Não! Passei cinco minutos sentado e sai pra procurar meu primo, encontro converso um pouco e vou pra casa... Brigo com minha mãe (por nada alias, horrível né?). Saio... Chego em casa as 5 da manhã (comecei meu dia planejando assistir um filme e depois dormir, lha onde fui parar)... Durmo e acordo lá pelas 10h almocei e descobri que tava doente (trágico rs)... Passei o resto do dia curtindo o banheiro.
Depois de quase todo o dia perdido, por acaso encontro Maíra Viana e O Teatro Mágico em palavras. Ela trouxe de volta minha paixão pela vida e pelas coisas com seus textos. E agora aqui estou, já com saudades da formiga, pintando de beleza tudo que passa diante dos meus olhos.
(Finalmente recebi a ligação que esperei o dia todo! Fiquei feliz!)
A luz do dia está envelhecendo e em breve dará lugar a juventude da noite, que por sua vez envelhecerá também e nascerá um novo dia que me trará certamente de volta a vida, de volta ao mundo.
Ah... Uma última coisa: ”Existe um desespero escondido no apartamento de cada pessoa que mora sozinha. De vez em quando, ele salta no meio da sala e pronto: não há quem o varra de novo pra debaixo do tapete.” (Maíra Viana) Vou dizer pra vocês: é a mais pura verdade (e olha que a casa num é nem minha)!


Di Alencar

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