"Que as luzes se acendam e que a gente possa brilhar*..." Brilhar no espetáculo da vida, e que nossa existência seja regada a muitos sucessos e nunca deixemos de lutar pelo que acreditamos... "Me atiro do alto e que atirem no peito, da luta não me retiro*..."
*Trechos de músicas dos artistas Vander Lee e Fernando Anitelli






sábado, 5 de março de 2011

Simples Cidade

Vai diminuindo a cidade
 Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mas sincero o bom dia

Mas mole a cama em que durmo
Mas duro o chão que eu piso
Tem água limpa na pia
Tem dente a mais no sorriso
[...]
(Pato Fu)


De repente me deu uma saudade da simplicidade! Saudade de comer fruta tirada do pé, de andar de pés descalços no quintal sentindo a areia entre os dedos, saudade de não me preocupar com nada e só viver, todas as horas, todos os minutos e segundos do dia sem me preocupar com o que vira! Saudade de brincar com o cachorro e rolar no chão com ele, saudade de sentar e só falar besteira e depois gargalhar até faltar o ar... Saudade de sentar na frente de casa com as pessoas queridas e apenas conversar conversas sinceras de gente que realmente se importa com a gente e se sente bem ao nosso lado. Saudade de olhar a Lua e de ver as estrelas, quem só viu o céu à noite na cidade , nunca viu o céu como ele realmente é! Saudade de acordar de madrugada e me perder na imensidão que é a noite escura e densa! Saudade de sorrir sem motivo só por estar ao lado de pessoas incríveis, saudade de contar estórias sentado no chão com os grilos cantando e nada mais...
Saudade da simplicidade do dia a dia, de tomar café olhando o orvalho na folha das arvores, saudade de comida feita no fogão a lenha, do silêncio perturbador e da mesmice entediante que agora me parece tão atraente... Saudade daquele bom dia verdadeiro do senhor que você nem conhece e do sorriso da criança brincando na rua! Saudade das longas conversas despretensiosas com os vizinhos ali ao pé da cerca... Saudade das galinhas soltas no quintal, saudade de sentar no batente da porta colocar a mão no queixo e ver a chuva escorrer pelas folhas e cair no chão, e aquele cheirinho de terra molhada, que saudade daquele cheiro... O asfalto cheira mal quando molha. Saudades da simplicidade e daqueles bons tempos que não voltam mais. Como éramos felizes e sabíamos disso! Hoje o sentimento que sinto é saudades... Saudades da tão valiosa simplicidade dos nossos dias!
“Algo simples, quero algo simples...”



Di Alencar

2 comentários:

  1. Saudade, vez em quando, é realmente a certeza de que teremos aquilo/aquele/a que nos faz falta de volta. Saudade não é o que ficou, mas também o que buscamos...
    Vida Longa ao Dialencar!

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  2. Nunca tinha olhado a questão por esse prisma Marcelo. Mas realmente faz sentido... Valeu a visita, Marcelo "Russo" Ferreira é figura sempre bem vinda nessa casa! Abraço.

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